domingo, 10 de agosto de 2014

festim...

no mar do teu corpo me perdi
inteira diluí-me na tua corrente
no furor da rebentação
vales distantes percorri
entre o prazer e o sonho...
e os aromas da paixão

o sonho me enlaçou como uma hera
em horas de delírio e rendição
e o amor me rodeou com sua dança
em impulsos vorazes de desejos
assim prossigo inteira nesse teu mar
neste sonho que é tão meu e teu
prisioneira dos teus beijos
do nosso amor, nosso festim
certeza de ti e de mim.

na loucura dos instantes
mesmo aqueles que não tive
fui água amanhecida
sedenta
como riacho de verão
nos dias que se apagavam sobre si
numa lânguida lentidão
com saudade de ti.

natalia nuno
rosafogo

4 comentários:

  1. A festa dos sentidos...

    Belíssima, a imagem!

    Um beijo

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  2. Olá Natália


    Fazer da vida uma festa é imperioso que isso aconteça a cada dia que passa! Mais um poema de excelência! Não importa a idade o tempo ou lugar, o que realmente importa é este talento nato para a poesia! Não é poeta quem quer, mas sim quem tem a capacidade de exalar poesia deixando suas fragrâncias no ar! BELO!


    Ainda sobre o que deixas-te no comentário anterior oferece-me dizer o seguinte: de facto os ventos não correm de feição, mas nunca se pode deixar vencer as adversidades! A luta tem de ser contínua e sempre com grande tenacidade. Segundo tudo que li e vou lendo da tua vida, ela foi sempre de muita luta, de muito crer! Quem já resistiu a tanto, vai continuar a resistir, pese embora todos esses ladrões que andam por aí á solta!...


    A escrita teve e terá sempre um lugar relevante em tua vida. O convite de que falas é o expoente máximo desta tua dedicação e amor pela escrita, pela poesia!
    Se os custos forem suportáveis, o caminho é ir em frente. Sobretudo pelo facto da hipótese de ser publicado em língua sueca!


    Beijos

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  3. Olá João
    Vou tentar seguir em frente mas não está fácil, escrever é um prazer como sabes, viver sem isso seria tornar a vida mais penosa, sabes que quem tem família tem sempre problemas a surgir, tenho uma amiga que diz,« tu estás a tornar-te numa pessoa triste porque carregas com a cruz dos outros», é verdade, mas esses outros são a minha vida, não havendo paz com eles decerto não posso estar bem.
    Quanto ao convite já fiz a selecção dos poemas e vou enviar seja o que Deus quiser, não espero nada a atenção que a minha poesia despertou em quem sequer me conhece já considero meu prémio.
    No comentário anterior falava-te também do Luso mas entretanto eliminei, desculpa, não vou falar porque agora nem sequer lá ando, mas dei comigo a receber comentários de quem nem sequer lia e isso não me interessa.
    O Luso já foi um grande site de poesia, apesar de haver sempre por lá escaramuças horríveis.
    Deixo um beijinho com muita gratidão pela atenção que dás a toda a minha escrita.

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