tenho frio...tenho frio!
colho lembranças na frescura
da noite...
neste volteio que é vida
que me faz avançar,
e recolho a palavra que me é dirigida,
que infantilmente ouço
como um eco
vindo do fundo dum poço....
vou ao fundo do tempo,
renasce em mim a ilusão
que nada passou,
deixo-me na adolescência,
como pássaro que voa,
e me magoa
ser agora crisálida perdida
ou prestes a perder
o sentido da vida.
os sons me chegam de longe
deles se desprende uma melodia
povoada de recordações...
trazem até mim emoções
pequenos nadas, o fogo
que me aquecia
na infância dourada.
deixo-me ir ao sabor do vento
histórias me contam as andorinhas
julguei-me perdida,
mas as lembranças minhas
chamam continuamente por mim.
dobrada ao peso da vida
presa ao meu destino
sonhando,
vou aguardando o fim
Levei a Concurso este poema no grupo Palavra Cantada , mas não ganhou nada...
natalia nuno
rosafogo
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