o sol me aponta o caminho
sempre que nasce novo dia
mas anda a morte tão pertinho
que já nem minha sombra se fia
repensar leva-me à lembrança
e a uma imperiosa necessidade
voltar sempre lá atrás à criança
suando na lembrança a saudade
é como se o tempo suspendesse
e suspensa ficasse a respiração
como se o tempo não perdesse
e eu o segurasse com minha mão
vive-se mais intensamente agora
assim penso, levo meus dias a fio
recordando o meu rio que chora
no interior do coração tão vazio.
natalia nuno
rosafogo
Olá Natália
ResponderEliminarA morte é coisa certa
Não nos deve perturbar
A vida é uma descoberta
Que muito tem p’ra nos dar.
O coração só ficará vazio se deixarmos que isso aconteça. A energia que te conheço e reconheço nunca te deixará vacilar! Estas incursões a um passado distante não são mais do que formas e meios para te refortalecer no presente! Estás fadada para uma tarefa que pese embora aparentemente melancólica, acaba por ser uma catarse para nunca largares a mão da utopia!
Os poemas podem e devem ser apreciados sobre muitas vertentes, mas nunca descorando o conhecimento intrínseco do seu autor(a). A beleza do poema fica mais valorizada quando se tem essa perceção como é o caso em apreço.
Podem arder os montes, secarem as fontes, mas que nunca seque esse amor d’água fresca que brota do teu coração.
Beijo
João
Olá João
ResponderEliminarTens razão quem interpreta fá-lo à sua maneira, tanta vez nem tem nada a ver com o sentimento com que o poeta o escreveu, no meu caso, pois se já conversámos tanto e depois de tanta leitura da tua parte, já não tens dúvida de como interpretar, sabes de antemão que a saudade anda sempre viva no que lês, o passado sempre presente e o sonho do que poderia ter sido e não foi, mas que continua a ser sonho... quem dera ter começado mais cedo, mas o destino não quis. Como sempre as tuas palavras não me deixam desistir, embora confesso por vezes pense nisso.
Grata João, a tua escrita tem um poder enorme, bem hajas pela presença e amizade.
beijinho, desejo esteja tudo bem contigo.
Olá Natália
ResponderEliminarSei que pensas muitas coisas o que é normal e lógico, mas o termo “desistir” nunca entrou nem entrará no meu vocabulário. Logo, enquanto me leres isso nunca virá a acontecer! Estás condenada a perseguir o sonho até ao último sopro da tua vida! Não o faço por menos! Sou muito democrático, mas em certas ocasiões as minhas palavras são ordens! E este é um dos casos que é para cumprir, levar á letra!
Quando fores invadida por neblinas mais densas, nunca esqueças que não estás só! Lembra-te de mim, das minhas palavras!
E nunca esqueças; quem tem um verdadeiro amigo, nunca está só.
Beijo
João
Vou prosseguindo no sonho, mas sonhando cada vez mais devagar, agravam-se com frequência os momentos de desalento, dou comigo a pensar: escrever mais para quê, certo que é um prazer, mas quem se interessará se deixo muito se deixo pouco, vou dizer-te João, ninguém meu...
ResponderEliminarMas vou seguir o teu conselho...a morte está certa, a vida é uma descoberta.
Beijinho João, fica bem.