domingo, 17 de fevereiro de 2013

SAUDADE ONDE ME FAÇO CAIS


























Saudade onde me faço cais

Naufraga vou rasgando as madrugadas
Em busca de mim naquilo que sou
Pedaço de sonho que a vida enclausurou
No repicar do sinos, tristes badaladas.

Papoilas, malmequeres, pessoas amadas,
O rio entre margens e o tempo voou
Só memórias restam do quanto se amou
Como bagas de suor em lágrimas mudadas.

Fiz-me peregrina do espaço sideral
Amazona do futuro a chamar-me lancinante
Viandante das estrelas e do nunca mais

E as palavras que me restam são o sal
Com que tempero a vida a cada instante
Oh, saudade onde me faço cais!



Em 17.fev.2013, pelas 23h00

PC

SONETO que me foi dedicado pelo Poeta e amigo Paulo César, a quem agradeço o carinho.
Amei o soneto, está maravilhoso, genial, é assim como um pedaço de mim, ou melhor dizendo nele me revejo
por inteiro.


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