sábado, 3 de novembro de 2012

LOUCO AMOR




O amor é pássaro leve
não se quer cativo
sopro louco...breve
obsessivo...

o amor é alquimia
acerto, desacerto...
lago de cristal
tormenta que raio envia

amor é lua oca
água fresca na boca
é seiva, floração
paixão...

amor é volupia doce
chama viva
chão de brasas
condor sem asas

amor é sedento algoz
magnólia verde
que mal floresce
logo se perde...

 natalia nuno
rosafogo
imagem da net

12/10/2006

PARA QUÊ ?






Para quê estas mãos?
Estes pulsos vivos...
Esta absoluta solidão...
Estes sonhos cativos...

Semente solitária, oca
Sonho...clarão?!
Absurdo coração
último alento,
amargo de boca.

natalia nunmo
rosafogo
imagem da net

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Árias do vento



tanto tempo vazio e mudo
nesta tarde formosa de estio,
árias dos ventos escuto
como se fossem meus dedos
a executa-las em cadência,
sonoridade de gotas de orvalho,
múrmurios de paz ao ouvido,
ecos de saudade
que fazem a vida ter sentido...

os sorrisos confundem-se com
as lágrimas
e a felicidade com raio de sol,
a tristeza com chuva matinal
e tudo vai na paz do Senhor,
enquanto não chega o final...

folhas levadas pela corrente,
flores de laranjeira lembrando
noivado...
e o céu um grande toldo azul,
bordado...
uvas maduras, longas parras,
meu olhar é de curiosidade!
só tu, saudade, me agarras
neste sonho de saudade!

e o vento canta notas que ninguém
lhe ensinou,
e diz tanta coisa ao coração,
tanto prazer ao ouvido,
ecos de saudade
que fazem a vida ter sentido.

nesta tarde distraída e fria
surge o negro no horizonte,
acabou o estio, o sonho, o dia
ficou minha esperança a monte,
meu coração, pássaro que tenta
voar,
ou bola de neve pronta a desfazer
à falta de amor que o possa suster.

o vento é companheiro vivo
da minha solidão,
e diz-me tanta coisa ao coração,
tanto prazer ao ouvido,
ecos de saudade
que fazem a vida ter sentido...

natalia nuno
rosafogo
imagem da net





segunda-feira, 29 de outubro de 2012

minha poesia á flor da pele




Minha poesia
é de louça fina,
divina,
de pura faiança
tem brilho, e trino de aves
notas suaves,
sonhos de criança,
e raios de sóis
alvores matinais
e doces  arrebóis
é como menina
que sorri e chora
é de louça fina
é luz da alvorada
que o mundo cora.

minha poesia tem o doce
do mel
encantos e prantos
à flor da pele,
nasce lacrimosa
murmura ou se cala,
tem o odor da rosa
o sonho a embala.

é mar bramindo
é um céu sereno,
a morte sacudindo
à vida faz aceno.

minha poesia é forte
como o vento,
é riso é festa
é o pensamento
de pessoa modesta,
às vezes estouvada
tem tudo tem nada,
tem lírios e rosas
e estrelas formosas,
encantos encerra
e fala da terra
e do branco luar
e histórias que tem pra contar
e vive cantando
«viver é amar»

minha poesia é faiança fina
tem ardor e paixão
e sinto-a aos pulos
no meu coração.
louca desatina,
é amante ardente,
e às vezes mais fria
um pouco demente
pura utopia...

e sem piedade
de mim não tem dó
deixa-me a saudade
para não estar só!

com ela cruzei por fim,
não me viu...ai não!
sempre a sonhei assim!
com imortal paixão.

natalia nuno
rosafogo
imagem da net



domingo, 28 de outubro de 2012

A ARTE DE SUPORTAR




 Diz o Povo e com razão…

“ quem parte e reparte

e não fica com a maior parte

ou é burro…

ou não tem arte “!


Neste País que anda à nora,

há gente com muita arte,

ficando sempre e sem demora

com a maior parte.

Distribui uma pequena porção,

diz ser tudo o que tem à mão.

Gente de bom coração!

Sua bondade sabemo-la de cor

É grande e nobre!

Mas o Povo está cada dia mais pobre.


Sem esperança é barco sem marinheiro

Mas na arte de marear foi o primeiro

São estas palavras de Poeta… pertinentes,

dizendo o que vai na alma das nossas gentes.



Folhas caídas(pseudónimo)
2º poema escrito para o concurso da Dracca
em Palmela
natalia nuno
rosafogo


ARTE DE SER POETA



 Nenhum de nós é Deus!

Cada um tem atributos só seus.

Tacteamos à procura

da arte que Ele nos deu

com ternura.

 

O dom de escrever é como um talismã

que se traz no coração ao nascer…

E é tão grande a magia… que do Poeta,

nasce a poesia.

Quando chega a inspiração

é como lampadário que se acende,

o Poeta escreve o que só ele entende!

 

E a beleza da sua arte

Se espalha por toda a parte.


 

 

Folhas caídas...pseudónimo
com que concorri ao concurso Dracca de Palmela
1º POEMA, SOBRE A ARTE

natalia nuno
rosafogo