quinta-feira, 18 de outubro de 2012

um amargo de boca...





A menina que fui outrora
adormece na sombra dos meus olhos
que às vezes choram
com saudade.

Olhos redondos de pasmo,
e um amargo de boca
recordando-a com entusiasmo
e com uma saudade louca.
Há na memória lufadas de ar,
que buscam sinais
dos tempos,
do sorriso luzidio
do jeito que só ela tinha
dói, dói este rio
que em mim transborda,
no tempo que me alucina
e vejo feliz a menina
que outrora saltava a corda.

Meus pés andam...vão andando!
neste passo a passo sonho e aprendo
que a vida é como um amante
inconfortado, mesmo que muito
lhe querendo
nos deixa num instante.

O sussurro que me vai na mente
é como o bater do mar dormente,
e o quanto o coração bate,
a cada ruga que vai rompendo

quais os porquês desta hora?
lembrando a menina de outrora?
será saudade, ou apego à vida?
é a verdade da saudade sentida!

rosafogo
natalia nuno
imagem da net





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