domingo, 23 de setembro de 2012

ALGUÉM ME ABRIU OS BRAÇOS

H. Zabateri


Alguém me abriu os braços!
No umbral o vazio...
Me perturbam os passos,
nas minhas paredes o frio.
Afogo-me no tumulto que me invade,
solto a angustia de par em par,
visto-me de lembranças de saudade,
minhas asas prontas a quebrar.

Alguém me abriu os braços
Sonhos de regeneração sem par,
a buscar-me em noites longas de cansaços,
até que a aurora nos venha velar,
até que a manhã seja realidade,
deixando à tona de água a boiar,
o resto, do sonho e da saudade.

Abre-se a noite e a luz decai,
nada resta só lembranças,
passa o vento sobre as folhas lentamente,
revivo na memória o que não sai.
O coração agrilhoado dentro de si,
afadigado continuamente...
num vai vém a querer viver
aquilo que não vivi.

Alguém me abriu os braços,
de estranho mundo chegou,
para povoar minha solidão
com abraços...
Será sonho ou obsessão?

natalia nuno
rosafogo

poema de 2011
imagem da net

2 comentários:

  1. Olá Natália

    Nesses braços que o amor acolhe
    Em eternos afagos neles se deita
    A paixão neles contidos não escolhe
    E dão vida a quem neles se deleita!

    Beijo

    Pétala

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  2. oi meu amigo, estou nas termas, mas dei aqui um saltinho e encontrei teu comentário, deixo meu agradecimento e um beijinho, estou quase de volta.

    natalia nuno

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