sábado, 23 de junho de 2012

FLOR DA BEIRA RIO



Pés descalços
na água clara do rio
Pássaro em liberdade
Hoje perante o vazio,
recordo-te com saudade.

Às vezes a memória já se apaga
E tudo parece perdido
Mas ao olhar o céu o sol me afaga!
Abro os braços de novo à vida,
Mesmo de esperança poída
Agradeço a Deus p'lo tempo vivido.

E o rio lá em pleno alvorocer
e eu menina debaixo do salgueiro
Meus olhos marejantes a quererem ver
a face da madrugada e o seu cheiro.
E o rio a soluçar passa
De alma gémea, tão gémea da minha!
Menina plena de graça...
Da alegria que outrora tinha.

Esta lembrança tardia
É algo que se sente e não se explica
Semelhante a quem canta ou chora
dia a dia
Doces risos ou lágrimas que a alma
purifica.

natalia nuno
rosafogo
imagem da net

4 comentários:

  1. Todos nós temos dentro um rio que corre para a nossa infância-
    Beijo.

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  2. Olá Manuel

    E é através dele que lá voltamos tanto amiúde.

    Grata pela visita
    Boa semana.

    Beijo

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  3. Olá Natália

    Surdos ecos decorridos
    De restos de trovas ao luar
    Sussurro de tempo vivido
    Que não calam o doce amar

    Todos nós temos um rio
    Que corre dentro do peito
    Por vezes nos dá calafrios
    Outras vezes amor-perfeito

    Seu leito é uma beleza
    Que nos causa emoções
    E uma ponta de tristeza
    Do entoar suas canções

    Por vezes são muito fortes
    Outras vezes de lentidão
    As geladas de frio norte
    E as que aquecem o coração!

    Beijo

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  4. Linda tua poesia amigo, arranjarei tempo de a colocar à vista dos meus leitores.

    Beijo, fica bem obrigada p'lo carinho com que me lês.

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