segunda-feira, 28 de maio de 2012

DESENCANTO


O sol espelha é meio dia
Olho as bagas vermelhas
da amoreira
O destino destece o que tanto queria
Agora sou só poeira
Quer queira ou não queira!

E quando o sol se apaga
Meu coração naufraga...
Diga eu o que disser
Vivo a vida a recordar
Não sei se é fado ou destino
Ou apenas meu querer
Em qualquer caso não atino.

O tempo que é agora agreste?
Já foi tempo de prata!
Não há dia que não se manifeste,
na saudade que quase me mata.
A batida das horas é ameaça
Como fugir ao cativeiro?
Assim é o tempo que passa!
Rasgando meu corpo inteiro.

natalia nuno
rosafogo
imagem da net


2 comentários:

  1. Olá Natália

    Teus desencantos, são cantos
    Onde correm tempos vividos
    São orvalhadas de espantos
    Dos amores neles nascidos.

    Esta dor que te tortura
    Arrasa e rasga o Coração
    É composto de amargura
    Mistos de amor e Paixão.

    Coração banhado a prata
    Por dentro miolo de ouro
    Em que a saudade maltrata
    Mas não desfaz o tesouro!

    Beijo

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  2. Que bem...
    Adoro tuas trovas, delas brota uma luz inteira, que fazem amadurecer coisas da alma.
    Excelentes, fico sem palavras, não posso deixá-las aqui, vou levá-las para onde os amigos as possam ler.

    Beijos.

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