segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

E DEPOIS TALVEZ !

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Não olharei mais as estevas
Nem o sol dourado que se ergue nu
Saudade que sempre para longe me levas
Não me deixes só, não partas só tu.
Deixa-me então olhar mais uma vez
As rosas que dormem no jardim
E depois talvez!
Os juncos entrelaçados sorriam pra mim.

Deixa-me ir ao encontro do ribeiro
Deixa que veja nele a minha imagem
Quero comigo levar o cheiro
do barro da terra para continuar viagem.

Não olharei mais o azul do céu
Nem os pássaros que cantam nos ramos do cedro
Saudade, foste tu quem sempre me deu!
A imagem quebrada do velho brinquedo.
Deixa-me sentir de novo a fragância dos prados
Olha a minha vida que foge como a água
E meus sonhos que morrem calados.
Sente tu também a minha mágoa.

Deixa-me sentir o suspirar do vento
ou o seu furioso ranger
Não me deixes no desalento
Na tarde de outras tardes,
Deixa-me em paz morrer.

E no sossego
que nesse momento me invade
Deixa que um rouxinol me cante suave
Que me alheie de tudo menos do seu canto
Que seja minha última alegria, dor, ou encanto.

rosafogo
natalia nuno

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