quarta-feira, 26 de outubro de 2011

UM FRISO DE PÓ



Meus olhos tremulam na escuridão
Uma noite cerrarão!
Embaciados pelo luar
Levados por um vento morno
sem retorno,
enquanto a maresia desce
sobre o mar.

Serei mais uma concha abandonada
Ou um grão de areia no deserto
que não serve pra nada.
Por perto?
A vida escondida já sem alma
por se haver perdido
De tantos anos ter vivido.
A memória?
Ficou espelho partido
Já não ouve o coração
E o sonho já não passa de ilusão.
Restará um friso de pó
Eu não voltarei nunca,
estarei só.

rosafogo
natalia nuno

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