sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ROMEIRO



Desfolham os meus dias
em pétalas fugazes
Passo-os à espera de nadas
Talvez surjam da infância as fadas
Capazes...
De acender  à vida estrelas
de luz  enfeitiçada.
Vislumbres brancos, doces do alvor
ou
alvorada!
Urdindo um futuro diferente.
Para que então possa crer
Que a vida? Ainda está
à minha frente.

Nesta viagem sem regresso
A vida rápido foge
E eu romeiro a atravesso.

Minhas órbitas são sulcos sem água
Hoje...deixai-me dormir com minha mágoa.
Deixai-me gritar ao vento
Que o jogo da vida é duro
Deixai-me dormir no escuro,
atrás da memória escondida.
Escondida da própria morte e do tempo
Que o mais certo?
é a despedida.
por perto.

rosafogo
natalia nuno






1 comentário:

  1. Todos somos romeiros do tempo que passa.
    Tu descreveste poéticamente essa romagem da
    e na vida.
    Sempre de parabéns mana.
    Beijinhos

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