quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MAS NÃO ME DIGAS!



Tanta coisa passou... nem sei!
Só tu podes dizer-me,
Se algum dia te amei,
O que me leva a esquecer-me?
Coisas nossas que nasceram
Deram forma ao nosso amor
Será que entretanto morreram?
Sou aranha... pendendo de dor.

Mas não te preocupes comigo
Um dia desvendo a verdade
Deste estar e não estar contigo
Deste agonizar de saudade.

A vida é rio em fim de curso
Amamo-nos de maneira estranha
Longo vai o percurso
Mas não me  digas!
Que a saudade levo tamanha,
e as palavras são minhas inimigas.
O tempo nos gastou! Com sorte?
Há-de a neve em nós crescer
O Inverno a chuva trazer
A geada se quebrará em pedaços
E eu morrerei nos teus braços.

rosafogo
natalia nuno

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