palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
domingo, 3 de julho de 2011
ÚLTIMO INSTANTE
Devagar subo a ladeira
Olho os goivos e os malmequeres
Até que Deus queira,
Lá vou subindo o empedrado
Será que ainda me queres
Com a força do abraço apertado?
Ouço o rumor da vegetação
Sinto o frémito do teu abraço
Espero um sinal de ti
Um sim...ou não!
Para te seguir sem cansaço.
Surge um cheiro a maresia
E eu descanso da viagem
Espero a hora, anseio o dia
Para erguer os olhos com coragem.
Já me confunde o vento
E o gotejar da água
Nenhum rumo, nenhum lamento
No teu lugar mora a mágoa.
Ouves os pássaros que não cantam?
E o rasto das nuvens que choram?
Caem gotas na lembrança me desencantam
Minhas mãos postas já não oram!
E assim meu olhar endurece
Meu sorriso é estrela cadente
Faço agora uma última prece
Para que o amor em nós
seja sol nascente.
Já o vento atravessa as folhas
Deixando-as por aí à solta
Meu amor quando me olhas
O amor me trazes de volta.
rosafogo
natalia nuno
Sem comentários:
Enviar um comentário