segunda-feira, 13 de junho de 2011

A MENINA DA TRANÇA



Ergue os olhos ao Céu
Seu rosto é como o tempo que lhe resta
Vive, nela uma faúlha de esperança
Que algum bem estar ainda lhe empresta.
De criança?
Resta apenas a lembrança!
O calor do Sol que a cobria e aquecia
Lembro esta menina da trança
E a fome que às vezes com ela trazia.

Só a saudade no tempo ficou
Tempo que não se apieda de ninguém
Quanto tinha, quanto lhe levou
Vive mastigando solidão. aqui e além.
Há-de partir tal qual chegou
Levando suas mãos a abanar
Amou, sofreu, chorou
Deixa para trás o Sonho por sonhar.

Assim se lhe vai acabando a Vida
Mas para ela já tudo é indiferente!?
A quem importa se está de partida?
A quem importa o que ela sente?

E a menina da trança
Trancou tudo na lembrança!
Será que esqueceu nossa amizade?
Aqui na minha solidão a recordo com saudade
Dobro a saudade cuidadosamente.
Para não se perderem as gargalhadas
Que ouço constantemente
Nas brincadeiras «às apanhadas».

rosafogo
natalia nuno

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