quarta-feira, 20 de abril de 2011

AUSENCIA FORÇADA


Range na porta a fechadura
E eu lembro-te com os olhos da mente
Lembro o som do ranger na hora dura
Da despedida entre a gente.
E me deixas sem palavras e sem norte
Atrás da porta esperando
Que os dias passem e com sorte
A gente se encontre e vá esta dor calando.

A saudade dá frio e eu invento milagre
Escrevo-te palavras para o tempo entreter
Já não basta uma visita p'ra matar a saudade
E esta escrita só me faz doer.

Numa rajada de sabor
Chegas... e faz-se Amor!
As lágrimas me chegam p'la memória
E quantas chegadas e partidas
Houve na nossa história?
Quantos dias contados, quantas portas batidas
O coração batendo, fervendo de vida
Minha memória, está ainda ressentida.
E neste caudal de lamentos
Morro por fim no sítio onde te espero
Com os sentidos magoados p'los momentos
Que ainda recordo com desespero.

Foi uma violência a vida
Mas a semente germinou ainda assim
E com tanta despedida
Nosso Amor não teve fim.

Alguém ficou de lágrima e alegria coagulada
Sentindo o tempo passar determinado
Desisto da aventura por estar cansada?!
Agora que caminho a teu lado?



rosafogo
natalia nuno
todas as imagens são retiradas do
blog imagens para decoupage.


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