terça-feira, 15 de março de 2011

RECORDAÇÕES EM TROPEL



Quando me vejo ao espelho
São duas figuras na escuridão
A que vejo não conheço...
O espelho é velho!
Porque há-de querer tirar-me a ilusão?
Dizendo que sou a que não pareço.

Nem um arremesso de sorriso
Tiro conforto da solidão
Tomada de alegria infantil, sem juízo
Esqueço a outra e sossego o coração.

Perco-me nas recordações
Aceito a dávida que Deus me deu
Pego nas rédeas das ilusões
E faço do Mundo, um Mundo só meu.

Deixo meu pensamento louco
Borboletear como borboleta em ilusão
Ausentar-se, tocar o deserto
e a pouco e pouco
Aconchegar-se na solidão
Sentindo o futuro tão perto.

Tal como a Terra, p'lo peso esmagada
Da Vida e da Morte a passar por si
A minha alma se deixa calada
Enquanto a Lua surge e sorri.

natalia nuno
rosafogo
imagem ret. blog imagens p/ decoupage

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