domingo, 27 de fevereiro de 2011

TÃO QUASE TUDO


É tarde, vejo p'la sombra das flores
O dia rouba-me a luz
nasce o silêncio,
só o vento tráz rumores.
Me abandono um quase nada
Apetece-me saltar o hoje
Trago a palavra cansada
de tanto que a vida me foge.

Tão quase tudo
Passou por mim voando
Primaveras e rosas que não vieram
E meu olhar mudo
Viu sumir,
Verões que se perderam
A sombra do Inverno chegando.
E o Outono já a partir.

Vou mais um dia cruzando
Fazendo e desfazendo
A vida me baralhando
Faço de conta não estou vendo.

Me abandono um quase nada
Que me parece uma eternidade
Deixo-me na tarde debruçada
Faço pausa, me cansa até a saudade.

A noite já se debruça sobre o dia
Talvez só uma tristeza!?
Ou o resto dum rumor?!
Eu sei que a saudade viria
Ouvi passos tinha a certeza
Não houve engano, AMOR.



natalia nuno

rosafogo

4 comentários:

  1. Tudo que se passa no onde vivemos é em nós que se passa. Tudo que cessa no que vemos é em nós que cessa...

    Beijo.

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  2. Tudo passa, tudo é efémero, resta um oásis de esperança, e sonhar também ajuda.

    Beijo espero estejas com saúde.
    Grata p'lo carinho da visita.

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  3. Tão quase tudo são noites e dias a fio ,no rumor da estação que vem e vaI sem pedir licença e quando tudo menos é vago chega TAMBÉM o amor ,outra vez ,sem pedir licença....
    Belíssimo!!!!
    Beijos
    Susan

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  4. Querida amiga, bom mesmo é receber tuas palavras carinhosas, grata por tudo.

    Beijinho

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