sábado, 15 de janeiro de 2011

SEM VONTADE


















SEM VONTADE

Deixo-me para aqui de braços pendurados
Esquecendo que sou gente
Sem vontade...
Parecendo adolescente
Ou a sombra da saudade.

Tenho os olhos a enrugar
Enrugado trago o sorriso
Luto sem tréguas, tenho de lutar!
Reconforto-me um pouco, preciso.
Meu espírito é agora mais lento
Mas não somos perfeitos, nem imortais
Uma alegria agora,
Uma derrota noutro momento
Espreito e reajo aos primeiros sinais.
Os meus soluços rolam no chão
Choro...criança não me deixam ser!
Meu corpo me precede uma geração
Eu me sinto uma jovem mulher.

Passo minha vida em revista
E encontro força ainda!
Fiz conquista sobre conquista
Daí a saudade que não finda.
Hoje sou criança a escrever
Alguém pega na minha mão
Da boca para o papel, tento dizer
Aquilo que me vai no coração.

natalia nuno
rosafogo

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