palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
SEM ME DAR CONTA
SEM ME DAR CONTA
Tomara minha alma cegue
Pra não ver meu corpo ruir
Não quero que ela carregue
O meu desânimo em prosseguir.
Ouço o levantar do vento
A clarear o dia cinzento
Também a minha agonia
Se faz presente neste dia.
Trago frio o corpo e a alma
Tudo em mim é contraditório
Tudo é calmo e eu sem calma
Vejo que passa o tempo inglório.
Falo de mim do meu EU
E de toda a minha saudade
A Poesia é meu Céu
Minha existência e eternidade.
Ouço a chuva que cai.
Lembra-me poemas antigos
A saudade que em mim vai
O folhear de livros amigos.
E vem esta voz falar-me
Ameaçando minha solidão
Tédio de que não consigo libertar-me
Nem deste vento sem direcção.
Já não me importa os temporais
Quer seja desta ou d'outra vida
Quero partir deste cais
Sigo a sombra da despedida.
natalia nuno
rosafogo
Sem comentários:
Enviar um comentário