palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
COMPANHEIROS DE INFANCIA
COMPANHEIROS DE INFANCIA
Companheiros de Infância
Pobreza, tão comum no nosso passado
Pobres, tínhamos tudo: as ruas e o adro!
Tudo era nosso, o sol, a chuva, o vento
Em demasia a pobreza e o céu estrelado.
Só a brincadeira no pensamento.
Dormimos em colchão de palha
De folhas escamizadas de milho
Brincámos ao pião...à malha!
Descalços, ou com sapatos sem atilho.
Comemos o pão que o Diabo amassou!
Pedimos porta a porta pão por Deus!
Pouca era a roupa, o frio nos assaltou
E bem ligeiros corrias Tu... corria...EU.
Crianças de piolho sempre a aparecer
De ranho no nariz sem importar
Contentes de poder saltar, correr
Na esperança do joelho vir a sarar.
Afectos, também nisso a pobreza?!
Só nos restava a inocência e a destreza
Na rua, uns com os outros brincávamos
E à noitinha, pirilampos apanhávamos.
A pobreza era nossa desconhecida
Na boca, sempre um sorriso, uma cantiga.
Desafiámos o Destino com algum desembaraço
Hoje somos meninos apertados, no mesmo abraço.
natalia nuno
rosafogo
"Pobres, tínhamos tudo: as ruas e o adro!
ResponderEliminarTudo era nosso, o sol, a chuva, o vento"
Bonita descrição da infância, parca de bens materiais, mas muito saudosa.
Grande beijo
Runa
http://seguindooescoardotempo.blogspot.com/
É verdade amigo, mas éramos grandes nos sonhos,
ResponderEliminare fomos vencendo e superando muitas contrariedades, para que o nosso futuro fosse um pouco melhor que o dos nossos pais.
Beijo para ti Runa, foi uma surpresa boa tua visita.