palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
domingo, 17 de outubro de 2010
TROVADOR DO AMOR
TROVADOR DO AMOR
Na Primavera tudo é festa
Não há dor, só há amor
No Outono a festa é modesta
Findou da paixão o calor...
II
Já não sou rosa em botão
Mas abro ao sol, isso sim
- Já Fechei meu coração...
- Já secou o meu jardim.
III
A estrelejar passo o dia
Para que não me falte luz!
Dantes, tão bem que te via
Já te não vejo, ai ai Jesus.
IV
A cerca de novo pulei
Mas sempre tu o culpado
Ao crepúsculo o beijo te dei
Deixei-te ali envergonhado.
V
Há vontade que me anima
Subo nem muito, nem pouco
Mas quero com esta rima
Meu amor deixar-te louco.
VI
Corre a água na ribeira
Na ânsia de chegar ao rio
Se não estás à minha beira
Meu amor me dá o frio...
VII
Havemos de ir à capela
Assim que a gente puder
Eu lá chegarei donzela!?
Sairei tua mulher...
VIII
Mas não puxes pela corda
Que eu posso tropeçar!?
Raios parta, raios me morda
Se não chego virgem ao altar.
rosabrava
(quadras singelas, de raiz popular)
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