terça-feira, 26 de outubro de 2010

QUERO Á VIDA







QUERO Á VIDA

Às vezes fraquejo um pouco
Parece que a vida me escorrega
Espavorido o tempo, corre como louco
Indiferente, impassível já me pega.
Deito no papel este mal estar
E a vida se apazigua então.
Corro o ferrolho ao coração,
Deixo a saudade amainar.
Arranco a tristeza, desafio a solidão.

O destino prediz amanhãs sem brilho
O corpo vai dando sinais estou atenta
Quero à vida como uma mãe quer ao filho
Mas vai-se a côr, a vida fica cinzenta.
Há dias em que o meu céu é pardo pesado
E as palavras se baralham na mente
A voz se quebra num som magoado
Cai sobre mim um crepúsculo bruscamente.

Por mais que o tempo me desfolhe!?
O meu coração continua perseverante
Que sejam hoje as ultimas estrelas que olhe
Caminharei com sentimentos novos, confiante.



rosabrava.
natalia nuno

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