palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
FAZ TEMPO!
Faz tempo!
Faz tempo fiz dois corações
Na casca rugosa dum pinheiro
Entrelaçados de ilusões!
Vivos, dum amor primeiro.
Hoje ao ver-me, envelheci
Da juventude, o que ficou?
Olhei o espelho não me reconheci
P'ra saudade me atirou.
Num coração teu nome deixei
No outro o meu escrevi
Hoje de nostalgia, viverei!
Lembrança é o que resta de ti.
O pinheiro está em ruina
Uma hera atrevida se lhe enleou
É a lua que os corações ilumina
Disse-me um passáro que ali passou.
Faz tempo,muito tempo,
Fiz dois corações
Na casca rugosa dum pinheiro
Era então a idade das ilusões
Queria dizer ao Mundo inteiro
Que aquele amor primeiro!?
Não era só ilusão, não!
Era um amor verdadeiro...
Que não cabia num só coração.
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