palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sexta-feira, 9 de julho de 2010
QUEIXAS DE MULHER
QUEIXAS DE MULHER
Escrevo coisas miúdas, pequenos nadas
Hoje lembrei a cozedura do pão
E as vozes dos pássaros nas madrugadas
E a soma dos dias que já lá vão.
Tudo sem enfeites nem vaidades!
No uso das palavras sou singela,
Remato meus poemas com as saudades.
Saudades da saudade de mim e dela.
Lembrei um ramalhete de flores,
Lembrei-me até de comprimir meus ais
Ao lembrar-me de antigos amores.
Que ficaram no tempo, não contam mais.
Dia após dia, dias banais
Solidão de mulher, queixas de mulher
Ditas até cansar, serão demais?
Desfolho-as como quem depenica um malmequer.
Na língua procuro dar um nó
Mas gosto de lembranças desfiar
Assim, nunca me sinto só
Deixo sempre a saudade a rematar.
Mas escrever perfeito, não é meu forte
Escrevo coisas miúdas, fios partidos
Descozo a Vida, antes que chegue a Morte
Da infância perduram palavras nos meus ouvidos.
Hoje lembrei a cozedura do pão
Os anseios das gentes no dia a dia
A pobreza, a aldeia onde tudo era pouquidão
Que importância tinha se a Vida lhes fugia?!
Todos sabendo que nenhum dia iria ser diferente.
E lembro que nasci no seio desta pobre gente.
rosafogo
Pouquidão palavra que me ficou da infância, dita
pela minha avó referindo-se a pouca coisa.
"Que abrem rasgões de luar...
ResponderEliminar"Fonte, fonte, não me leves,
"Não me leves para o mar!..."
As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor...
Bom FDS...Beijos perfumados!! M@ria
Lindo Maria, que comentário
ResponderEliminargostoso, agradeço, fiquei enternecida.
beijinho