palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
terça-feira, 4 de maio de 2010
FALEM,FALEM...
Para quê tanta vozearia?!
Se estou à beira de quase nada
Sómente a solidão e mais um dia
E o velho abrigo da memória cansada.
Já o tempo em mim se perdera
E eu sorri mesmo com o dia feio
Mas o tempo só tristezas gera
Esqueço a mulher que se escondeu p'lo meio.
Espreito a gaveta dos retratos velhos
Como cisne, chega a hora, choro e canto.
Lembro a outra que se via aos espelhos,
Já a noite me cobre com seu triste manto.
Trago meus pulsos cansados
Dias partidos, gastos de sentimentos
Palavras gastas, gritos estrangulados
Caminho a passos lentos.
Sinto a morte a crescer lentamente
No meu corpo e eu ainda viva
Para quê ao meu redor tanta gente?!
Se não há gesto, nem embalo que me sirva!?
Falem, falem, digam o que lhes aprouver
Chamem-me louca, ou sombra de mim
Que hei-de ouvir-vos enquanto puder
Pois estando viva, me sinto morta sim!
rosafogo
natalia nuno
Olá Natália
ResponderEliminarNão te sabia por aqui a espalhar a tua poesia de ternura, poesia de quem sabe o segredo das palavras!
Fico muito feliz de também aqui te sentir perto de mim!
Beijos
Falem, falem!
ResponderEliminarDeixe-os falar, eles não sabem nem sonham...
Li a passos lentos,
E senti os gritos estrangulados.
Magnifico poema!
Bjs dos Alpes
Obrigada pelo carinho
ResponderEliminarbeijo
natalia
É verdade Ausenda, de quando em quando, apetece-me partir como se duma viagem se tratasse.
ResponderEliminarÉ muito bom e sinceramente não esperava encontrar-vos por aqui, tu e o Manu, fiquei feliz.
beijinho amiga
natalia