sexta-feira, 14 de maio de 2010

ESTE TEMPO ME TOMA
















ESTE TEMPO QUE ME TOMA


Transfigurou-me o tempo, me abandono
Fiquei do outro lado das despedidas
Com tanto silêncio, já me chega o sono
Trago gestos e palavras repetidas.
Goteja o orvalho é já madrugada
E eu indiferente à minha vontade
Trago da vida, a esperança estilhaçada
Sou no tempo a comoção da saudade.

Trago a fronte a latejar
Palavras me saem imprecisas
Este tempo me toma, e eu a deixar
Minhas raivas, em lentidão, indecisas.
Se ando fora do tempo é ousadia
Suspiro p'lo sol que me foge!
Vivo de sonhos e utopia
E peço ao dia que não me deixe por hoje.

Largo meu coração aos ventos
Palavras se estatelam no chão
Borbulham na minha cabeça pensamentos
E insistem as batidas do coração.
E assim, estala de novo em mim a vida
Um tesouro em silêncio abandonado
Como se voltasse ao ponto de partida
Ao final deste caminho traçado.



rosafogo
natalia nuno

2 comentários:

  1. Olá Natália,
    Bonito poema!

    E nesse tempo que a toma...
    E com tanto silêncio lhe chega o sono...
    Sinta o carinho de meu ombro amigo...
    Que possa conforta-la...
    Nesse tempo que a toma!

    Bjs dos Alpes

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  2. Olá Flor Amiga

    Obrigado pela visita e carinho
    beijinho
    natalia

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