Tarde pesada e nevoenta
As arvores parecem flutuar no Céu.
Já o tempo que há-de vir?
Curta estrada representa.
Já tudo é triste, tanto quanto eu.
Coaxanm as rãs na ribeira
Entristecem as manhãs geadas
Fica a vida sem eira nem beira
Minhas esperanças do avesso viradas.
Pássaros se escondem no arvoredo
Mais um dia o mundo velho a ruir
Meu olhar triste se deixa quedo
Finjo não ver nem sentir
Já é chegado o fim do dia
Não ouço mais das rãs o coaxar
Tomou conta de mim a nostalgia
Da vida vem o tempo se apossar.
Das horas que lamentamos
Umas duram muito, ou então?!
Duram pouco mais que nada
Dormem os pássaros nos ramos
Coaxam as rãs de aflição
Sigo ao peso dos anos vergada.
Sem comentários:
Enviar um comentário