ouço cantar um pássaro com ternura
inocente,
na árvore que despe a folhagem,
quebrando o frio silêncio, indiferente
que eu apresse a marcha da viagem
no pensamento traço o fio
do futuro
funda é a solidão, e o mundo
escuro.
sinto o frio do mendigo
visitante que em mim perdura,
e a solidão a ferir com secura
ver a noite cair e,
logo virá a luz da madrugada
vou sentir sombrio ardor.
Nada! A não ser do canto dos pássaros
o fragor.
natalia nuno