as palavras mais puras
eram lírios, eram ternuras
latejava o coração de emoção
no pensamento madressilvas nasciam
ilusões cresciam
era tempo de juventude
com odor natural a relento
e a timidez de jovem
mitigando o desejo
silvestre,
faminta de vida,
pela doçura seduzida,
o tempo era seu mestre.
era preciso acreditar, crer,
fazer da vida primavera
entrançar a alquimia na mente
apostar na sorte e viver
sem espera
a rasgada rebeldia não perder,
deixar-se ir na onda ardente
- que era viver!
era então tempo de juventude.
que recordo tão amiúde.
natalia nuno
rosafogo
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