amanhece na saudade
segura um tempo que passou
esquece a realidade
onde a fatalidade dá conta
do mundo
relembra os campos em ondas de lírios
recorda a face na plenitude de rapariga
suas asas esquivas de gaivota
e dos livros que lia,
- a palavra amiga.
trazia na pele o odor a tomilho,
o corpo anelado de ternura
e no olhar um certo brilho
que mistério traria a vida futura?
moinho de vento no seu esplendor
e no pensamento a nostalgia das noites
d'amor.
girando nas lembranças o coração
descobre no seu pulsar
o quanto foi bom amar,
nas lentas palavras que sua mão
desenha, não deixa de sonhar.
natalia nuno
rosafogo
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