fico à espera que o vento me encha as velas de coragem, que retire as nuvens da tempestade, me deixe a mente tranquila e o coração corajoso, e no meu âmago uma fonte de doçura para poder navegar no meu quotidiano em paz... neste rio infinito que um dia me canta uma canção melodiosa e no outro me deixa a alma inquieta, rendida e numa situação dolorosa, fico a flutuar à tona, e quase parece que a vida me abandona... marés infinitas, e eu presa nas ondas deste tempo morto, onde só o vento rumoreja e um pássaro canta uma estranha canção, triste e melancólica, na minha mente atulhada de pensamentos...embrenhada, esqueço a sordidez do mundo e amanhã voltarei a renascer das cinzas...
natalia nuno