vejo meu chão a distanciar-se
minhas pernas já não voam
só as palavras ecoam
das searas do meu peito
a aconchegar-se, a jeito...
é inútil recordar
já nada vai voltar
os braços estendo à saudade
que me dá sinais de verdade
meus pés, viajam pelo outono
no peito um grito de socorro
o esquecimento e sono
inclemência que este tempo
que não pára, forjou!
e esta ferida não sara
e é inverno que chegou...
morri de cansaço
é dia chegado ao fim
o desenho de mim...
natalia nuno
rosafogo