palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 19 de fevereiro de 2011
DIZ-ME PALAVRAS DOCES
Ouço o ruido,
dos teus pés perdidos
Trago o som no ouvido
Mas fazemos de conta
Que andamos distraídos.
Olhamo-nos de soslaio
Mas da tua vida não saio!
És recordação que se aviva
Agora
Foste o meu paraíso
P´la vida fora.
És tudo quanto preciso
Estou afeita á tua ternura
És a escolha no meu caminho
Sem ti minha estrada é escura
Tempestade e descaminho.
Ferve meu sangue apressado
No coração cheio de amor
Amor que já foi selado
P'lo teu,
Num bater conquistador.
Trago os ouvidos sedentos
E palavras quero esbanjar
Os meus sonhos são rebentos
Porque não hei-de eu sonhar?
Dedos das mãos inquietos
Querendo voar com os teus
Meus pensamentos desertos
Perdem-se nos delírios meus.
E quando o sol surgir
Na hora matutina
Quero ainda sorrir
Como se fosse menina.
Teimo na minha conquista
Aposto na tua arte de sedução
Ainda sei ser optimista!
P'ró amor cataliso meu coração.
natalia nuno
rosafogo
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
FALSA RESIGNAÇÂO
Hoje fiquei no silêncio murada
Apoiei o rosto na palma da mão
Avaliei a Vida passada
E do futuro fiz adivinhação.
Enfadonha a memória
Sempre conta a mesma história.
E sempre a mesma sentença
Que o futuro, não é minha pertença.
Confesso que faço de conta
Ignoro até se no Mundo ando
Vai a Vida já a uma ponta!
E o coração não comando.
Vejo ao longe a minha estrada
Sento-me na berma a descansar
Do futuro não sei nada
Do passado nem quero lembrar.
Mas afirmo a minha vontade
Ainda que o tempo me seja alheio!
Levo comigo a saudade
Procuro viver sem receio.
Do rosto que reflectia o espelho
A memória o vai apagando!
Se meus olhos o acham velho?
Vão meus olhos se habituando.
natalia nuno
rosafogo
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
NINGUÈM VÊ
A vida é um jogo
vazio de emoções.
Dias passados
Palavras desbotadas
Logo...logo...
Surgem contrárias opiniões
Gastas de significado.
Surgem tristezas impensadas
Alegrias?! Desaparecidas!
Gargantas empoeiradas.
Ilusões adiadas.
Promessas esquecidas.
Que é feito de mim?
A Vida tráz-me o quê?
Se em momentos assim
Ninguém vê:
Que me alheei de tudo!
Esqueci tudo ao derredor
Meu Mundo ficou mudo
Estou em declíneo como a tarde
Ao meu redor...
Só a saudade!
rosafogo
natalia nuno
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
ATÈ QUANDO?
O teu pôr do Sol
Ainda brinca na minha face
Volvendo quase tudo à minha lembrança
Não deixa que o tempo passe
Sonho-me ainda criança.
Lembranças,
âncoras onde eu aporto
Sinto da terra o odor
E exorto!
Sinto da terra o cheiro do amanho
Sinto o serenar duma noite de calor
Com os pirilampos em rebanho.
Errando pelas hortas,
A horas já mortas.
Seria Agosto? Ou Setembro?
Pela poeira do caminho...
Era Setembro, eu lembro!
Esta lembrança obstinada
De lembrar a terra amada.
Com todo o meu carinho.
Minha terra de alfazema
e rosmaninho.
Sonho contigo noites a fio
Sonho com o serpentear do teu rio
Lembro o sol ainda medroso
Nascendo atrás das casas
E eu esticando o pescoço
Querendo abrir minhas asas.
Ainda hoje rezo ao Stº António
E lembro o baile improvisado
Ali conheci aquele demónio
Que me deixou de namoro adiado.
Eu lhe fiz tanta promessa
Coisas da Mocidade!
Que agora ainda regressa
De quando em quando a saudade.
Vivo e assim vou lembrando hoje
Que o ontem já se acabou!
E já a Vida me foge...
Mas o sol ainda espreitou.
natalia nuno
rosafogo
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
SINAIS
Amo... amo o som do mar
Amo as pedras da lareira
A agitação das folhas da macieira
E a voz do vento atravessando o pomar.
Este sonho não sabe o que eu receio
Nele sou uma lagarta adormecida
Mas esta ideia me veio
Voltar de novo à Vida.
A gritar ou a sofrer
A rastejar ou a voar!
Para não ter que morrer.
Vou amar...amar...amar!
Ouço o canto do vento
Ele sopra, eu fico sequiosa
Por um pouco de silêncio imploro
Me lamento...
Nesta aspereza ventosa.
Carrego meu sonho e choro.
O céu está carregado de negro
E o mar todo ele se agita
Neste sonho descubro o segredo
Minha alma grita
E eu a abro de par em par.
Vou amar...amar...amar.
A Vida sinais me dá
Que me aquiete, que não tema,
Que o sonho mau passará
E já nada minha vida desordena.
rosafogo
natalia nuno
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