segunda-feira, 28 de março de 2011

AINDA QUERO SER POETA



Aberta à chuva e ao vento
Vive minha alma a nu
Tudo se passa num silêncio amordaçado
Num surdo lamento
A cru!
O tempo é o ladrão, passa calado
Como paisagem morta, me deixa
Ah...este maldito fado
Que já a Vida me fecha.

Este caminho traçado
Seria por minha mão?
Trago o sonho descuidado
Quase à beirinha do chão.

Dura a Vida,
Mas que Vida!
Possa ela florir!?
Quero ser ainda fruto
Duma arvore do porvir.

O fruto, e a semente!
Dum amanhã em meu viver
Trago ainda o sangue quente
Boca p'ra gritar e dizer
Que a Vida não é nenhum degredo
Só às vezes me traz inquieta
Mas persistente e sem medo
Quero muito ser Poeta.

Minha Poesia, anda descalça p'la rua
Meus poemas não sofrem de aflição
À noite sorri-lhes a Lua
Pobres sem nada exigir,
florescem em meu coração

Se dão ...sem condição
sem nada em troca pedir.


rosafogo
natalia nuno

2 comentários:

rosa-branca disse...

Lindo querida Rosinha como tudo o que escreves. Adorei. Beijos com carinho

orvalhos poesia disse...

Oi querida amiga, já tinha saudades tuas, que boa surpresa, beijinho grande com meu agradecimento pelo teu carinho.