palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 21 de agosto de 2010
ESPERA AMOR
ESPERA AMOR
Perco-me no abismo do teu olhar
Morrem flores neste entardecer
Perde-se Vida num constante acenar
Mas a esperança volta sempre a florescer.
O tempo é como rapaz novo, a correr
Torna minha solidão ainda maior
Já nem o corpo me quer obedecer
Resta o tempo de lembrarmos amor.
Perco coisas que aprendi a amar
O tempo é colete de forças que me põe à prova
Que me aperta sem cessar
Mas deixa ainda no meu peito uma emoção nova.
Perco-me no abismo do teu olhar
Olhas-me de medo de me ver cair
Hesitante de palavras mas com vontade de gritar
ESPERA AMOR... a noite mansa que há-de vir!?
E assim foi sempre entre o deitar e o dormir
A nossa festa com brilho e chama
Esquecidos do tempo do porvir
É nesta hora que a gente sempre se ama.
natalia nuno
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
MEU CANTO
MEU CANTO
Canto á videira
À giesta
Canto ao feto e ao trevo
Meu coração está em festa
A entristecê-lo nem me atrevo
Canto até ao agrião e à salsa
Ao gerúndio e à hera
Que dançam uma doce valsa
Como noutro tempo, outra era.
Canto aos rebentos da roseira
Expostos ao sol das manhãs
Canto aos lírios, às uvas e romãs
Canto aos ciganos sem eira nem beira.
Canto ao dourado da tarde
E ao fim do dia canto à saudade.
Canto aos frutos e flores
Canto aos céus e aos mares
Até me perco cantando aos amores
Enquanto Deus não me calares.
Canto aos lobos e aos morcegos
Aos vampiros e demais
Canto a toda a natureza,versos
ora profundos ora banais.
E por fim canto ao xaile de minha mãe
Ora!Porque me lembrei também.
natalia nuno
rosafogo
domingo, 15 de agosto de 2010
MAIS UMA VEZ
MAIS UMA VEZ
Momentos felizes, não deviam acabar!
Seria bom o tempo poder parar.
Mais uma vez
Reúno minhas lembranças
As ultimas talvez?!
Mas meu presente é marcado de esperanças.
Lá no fundo, bem fundo
Esperanças ao final da tarde
Da memória faço meu mundo
Nele viajo com a saudade.
Deixo-me neste território estranho
Aqui minha alma se sente inspirada
Me percorre um frémito tamanho!?
Que da poesia me sinto enamorada.
E ela brota e não resiste!
E sempre que a tristeza me ronda
Ou a minha alma está triste!?
Não há nada que não me esconda
Para que a tristeza vá embora
E meu suspiro seja apenas na hora.
Assim prossigo o caminho
Hoje tudo é leveza
Como as penas dum passarinho
Em liberdade na natureza.
Não terá a esperança murchado
No coração do Poeta há harmonia
Que nem o tempo terá esmagado!?
Seu canto de saudade
É sentimento a cada dia.
rosafogo
natalia nuno