sábado, 3 de julho de 2010

TRAGO UM RIO DENTRO DE MIM


















TRAGO UM RIO DENTRO DE MIM


Trago um rio dentro de mim
Vem de longe, faz tempo este rio
Trago um sonho danado sem fim
E vou recordando para esquecer o vazio.

Trago um rio dentro de mim
E o caudal é a saudade
Brota nos meus olhos sem fim
E é sonho entrelaçado com a realidade.

Trago as mãos cheias de nada
E meu coração palpitante
Desfolho palavras desinteressada
Que são pégadas numa areia distante.
Trago a vida transmudada,
De alegrias em tristezas...poesia fora de moda
Assim sigo ignorada, desta terra despegada
Perdida num vento que me tráz à roda.

Poesia amarga a minha, mas sentida
Com o perfume campestre, selvagem,
que é meu predilecto, cheiro de rosa atrevida
espalhado pela aragem.
Desenterro recordações, nevoentas
Que são de todo o tempo por mim achadas
Junto as pontas da vida, já poeirentas
E escrevo, escrevo, sobre pequenos nadas.


natalia nuno
rosafogo